Cupins
Dentre a infinidade de pragas com as quais o homem é obrigado a conviver, aquela que é considerada “a praga do século” é o cupim, principalmente a espécie de origem asiática, de nome científico Coptotermes gestroi, também conhecida como “cupim subterrâneo”, que vem se multiplicando muito rapidamente nas principais capitais do país.
As infestações de cupins podem gerar perdas de até 30% do valor venal de imóveis, por isso devemos estar atentos aos primeiros sinais de infestação, que são o aparecimento de furos na madeira, galerias, produção de granulados que, na verdade, são as fezes dos insetos.
Como são extremamente sensíveis a luminosidade, os cupins caminham por dentro das estruturas através das rachaduras de concretos, tijolos, espaços vazios, tubulação de encanamento e conduites elétricos. Dessa forma, só se descobre o cupinzeiro quando os cupins ficam aparentes, ou seja, deixam rastros de destruição. Isso geralmente ocorre quando a colônia já se instalou há algum tempo.
Uma colônia de cupim é uma máquina roedora, organizada com precisão militar. Cada inseto possui uma função específica em um sistema de castas determinado biologicamente. Cada cupim vive somente para assegurar a sobrevivência da colônia.
O ninho é constituído de madeira, saliva e excrementos, formando um material que se assemelha à cartolina de papelão. Uma colônia contém cerca de 3 milhões de indivíduos, que consomem uma taxa de 360 gramas por dia, sendo que, nas espécies encontradas nacionalmente, a rainha pode viver em média 22 anos, colocando um número de 25 mil ovos por dia. Existem espécies africanas com postura de 80 mil ovos por dia.
Ambientes úmidos são os preferenciais, pois o corpo do cupim é constituído principalmente de água. A umidade em uma edificação pode ser proveniente de um encanamento que vaze, do ar-condicionado e até mesmo do vaso sanitário.
DÚVIDAS MAIS COMUNS:
Qual o alimento preferido dos cupins?
Qualquer material que possua celulose. Podem consumir qualquer tipo de madeira, seja ela maciça, compensado ou aglomerado. Não existe madeira resistente ao ataque de cupins, porém, quando há grande oferta de alimento, eles buscam preferencialmente as madeiras ditas “macias” e menos amargas.
Como eles não conseguem degradar a celulose, possuem, em seu aparelho digestivo, microorganismos (bactérias / protozoários) que vivem em associação/simbiose e são responsáveis pela decomposição da celulose.
Tenho um pozinho no meu móvel, é cupim?
Nem sempre. Existem outros insetos que se alimentam de madeira e deixam resíduos em forma de pó, como, por exemplo a broca, que produz um pó mais fino, da espessura de talco e os furos não se intercomunicam como os dos cupins. É preciso saber identificar corretamente os vestígios específicos deixados pelos cupins.
De onde vêm os cupins?
Depende da espécie. Os cupins subterrâneos podem vir de árvores, jardins e até das construções vizinhas. Os de madeira seca são normalmente provenientes de móveis e outros objetos de madeira. É bom lembrar que todas as espécies podem vir através de revoadas, sendo que os reprodutores alados, chamados siriris ou aleluias, são a única forma que possui olhos, sendo atraídos pela luz quando estão nas revoadas (vôo nupcial), que acontecem principalmente entre o período de agosto a abril.
Após a formação do casal, os cupins caem no solo, perdem as asas e vão dar origem a uma nova colônia.
Quando detectar o cupim, o que fazer?
Procurar uma empresa Controladora de Pragas idônea, que esteja legalmente instituída perante os órgãos competentes (INEA, Anvisa, entre outros). Essa empresa especializada deverá fazer um orçamento gratuito mediante visita técnica de inspeção para composição de orçamento e definição das formas de intervenção, de acordo com as espécies encontradas.
Roedores
Os ratos formam a maior família de mamíferos existente na atualidade, composta por cerca de 650 espécies. Dentre elas, as mais prejudiciais à saúde humana são a ratazana, o rato-preto e o camundongo. Ambas são originárias da Ásia, e se disseminaram pelo mundo através de migrações pelas rotas comerciais e militares.
O rato é um dos animais superiores mais adaptados na natureza. Ele é capaz de se instalar nas mais diversas regiões climáticas do globo e se adaptar com relativa facilidade. Ele também é capaz de adaptar-se ao mesmo meio ambiente do homem, com quem passa a conviver confortavelmente, tornando-se um comensal não convidado, um animal sinantrópico indesejável por excelência, isto é, um animal com o qual o homem é forçado a conviver, mesmo contra a sua vontade.
Riscos e prejuízos
De um modo geral, os ratos infestam tanto a cidade como o campo, sendo que neste comem sementes, ovos, pequenas aves e outros animais, enquanto na área urbana são responsáveis por danos causados em instalações comerciais e industriais, roendo peças de mobília, livros, tecidos, diversos tipos de matérias-primas e produtos acabados. São capazes também de causar estragos por roeduras até em materiais mais resistentes, como cabos de aço e canos de chumbo, e até provocar incêndios por causarem curto-circuito ao roerem fios condutores de eletricidade. Contudo, o fator mais preocupante e perigoso com relação aos ratos é que estes são transmissores de doenças que podem causar até a morte de pessoas e outros animais, como a leptospirose e a peste bubônica.
Por estas razões, o controle de roedores deve ser visto dentro de um contexto de ecologia aplicada. O controle não deve estar nunca baseado no número de ratos que foram eliminados, mas sim no número de ratos que sobreviveram. Este conceito é vital no processo de controlar as populações de roedores.O controle de roedores deve se basear nos fundamentos do Manejo Integrado de Pragas, que preconiza as medidas preventivas e de higiene do ambiente junto com o controle químico das infestações existentes. O sucesso do controle depende de um conhecimento técnico eficiente sobre os hábitos, a biologia e o comportamento da população que infesta à área a ser controlada.
Conheça abaixo as características dos principais roedores que infestam as áreas urbanas
Ratazana (Rattus novergicus) – Tem hábitos noturnos, sedentários e agressivos. Normalmente vivem nas áreas externas das residências. Abriga-se em tocas e galerias que cavam sob as fundações dos edifícios, em depósitos de lixo, nos jardins, à beira de córregos ou valas. A rede de esgoto ou de escoamento pluvial, também, serve como abrigo para estes roedores.
Rato de Telhado ou Preto (Rattus rattus) – São de pelagem preta a cinza escura e menores que a ratazana. Ágeis, possuem a cauda mais longa que o conjunto cabeça-corpo, isso lhe confere grande habilidade para equilibrar-se sobre fios e fazer escaladas. O focinho é afilado e as orelhas são grandes e proeminentes. As fezes são fusiformes, medindo cercar de 1,2 cm, se assemelham ao grão de arroz.
Camundongos (Mus musculus) – O camundongo é outra espécie da Ásia Central, que teve sua proliferação em todo mundo ocasionada pelos mesmos fatores das outras duas espécies. Como sua origem é doméstica, devido ao seu tamanho e fragilidade perante a ratazana e ao rato preto, geralmente está muito perto do homem, dentro de residências, escritórios e depósitos. Sua alimentação é bastante pequena, podendo sobreviver vários dias sem água e comida, porém possui preferência por alimentos adocicados. Vivem cerca de 1 ano e com 2 meses alcançam a maturidade sexual. A gestação é de 19 dias, originando de 3-8 filhotes por gestação e realizam 7 a 8 gestações durante a vida.
Mosquitos
Os mosquitos, pertencentes à ordem Diptera, são de grande importância médica sanitária, pois milhões de pessoas todo ano são afetadas pelas doenças transmitidas por estes insetos. Além disso, causam grandes incômodos quando, com o zumbido produzido pelo bater de suas asas e suas picadas hematofágicas, perturbam o sono e aborrecem as pessoas nos momentos de descanso e lazer. Alguns relatos culpam a ação dos mosquitos por queda de produtividade de trabalhadores e até por acidentes de trabalho de pessoas que tiveram noites mal dormidas por ação dos mosquitos.
Ciclo de vida
Os machos voam primeiro, pousam na vegetação mais próxima e ficam aguardando as fêmeas para copularem. As fases do ciclo são: ovo, larva, pupa e adulto. Do ovo à pupa a fase é aquática e, quando adulto, a fase é aérea.
As fêmeas colocam seus ovos, um ao lado do outro, em águas relativamente paradas. A quantidade de ovos pode ser de 100 a 400, e são chamados de “jangada”. Quando larvas, alimentam-se de pequenos detritos orgânicos e também microorganismos vegetais e animais. Depois disso temos a pupa, que continua dentro da água por alguns dias. Após esse período emergem como adultos, porém ficam apoiados na casca da pupa até suas asas secarem e endurecerem.
A fêmea se alimenta de sangue quando vai realizar a postura dos ovos.O tempo médio de vida do mosquito é de 30 a 60 dias, serão 250 a 400 ovos nesse período e até 12 gerações em 1 ano.
Formigas
Estima-se que existam cerca de 18 mil espécies de formigas. Todas são sociais e ocorrem praticamente em todos os ambientes terrestres, exceto nos polos.
Uma colônia de formigas é formada por indivíduos adultos e em desenvolvimento, que são constituídos por ovos, larvas e pupas. Os adultos, com raras exceções, são fêmeas, férteis ou rainhas, cuja função primordial é a postura de ovos, e as estéreis ou operárias realizam todas as demais atividades da colônia (coleta de água e alimento, alimentação da cria e da rainha, construção e defesa de ninho). Somente de 5 a 10% da população adulta pode exercer funções externas ao ninho. Os machos alados aparecem uma vez ao ano para realização do voo nupcial. As colônias podem ter uma única rainha (monoginia) ou várias (poliginia).
Transmissão de doenças e prejuízos econômicos
A presença de formigas em residências, apesar não ser considerada um perigo pelas pessoas, possui o potencial para transportar microrganismos que podem oferecer riscos à saúde humana. Quando a infestação se dá em hospitais, as formigas podem afetar diretamente a saúde pública ao transporem esses microrganismos, que atuam como vetores mecânicos.
Uma recente pesquisa realizada em 37 hospitais do Sudeste do país mostrou índice médio de infestação de 61 a 73%. Foram catalogadas 23 tipos de formigas que causam infecção hospitalar. Os berçários e UTIs são as alas com maiores índices de infestação.
Além disso, as formigas podem invadir e causar danos a equipamentos eletroeletrônicos (aparelhos de som, TV, máquinas de lavar roupa, vídeo cassete, computadores, telefones, fiação elétrica, entre outros), pois apresentam atração pelo campo elétrico e, além de aumentarem a umidade desses locais, liberam secreções. Quando ocorrem em fábricas de alimentos, centros de pesquisa, museus, cabines telefônicas ou equipamentos semelhantes, as formigas podem causar danos ainda maiores.
Características e controle
As espécies de formigas que possuem hábito urbano apresentam características que as diferenciam de outras espécies:
# Grande preferência por áreas perturbadas;
# Tendência a mudar constantemente o ninho de lugar para ocupar novas áreas. As operárias podem apresentar redução de tamanho para facilitar a ocupação;
# Somente apresentam agressividade interespecífica;
# Algumas espécies aboliram o voo nupcial e se reproduzem por sociotomia (fragmentação da colônia).
O nome “formiga” deriva do ácido fórmico, substância produzida pela glândula ácida das formigas, porém particularmente daquelas pertencentes à subfamília Fomicinae. Sabe-se hoje que a maioria das formigas não possui o ácido fórmico.
Identificar corretamente a espécie de formiga, assim como conhecer sua biologia, incluindo o seu comportamento, é de extrema importância para o seu controle. Para isso, a ASTRAL possui em seu corpo técnico especialistas em Mirmecologia que é o campo da entomologia que se dedica ao estudo das formigas.
Baratas
A barata é um dos insetos que mais causa repulsa no ser humano. Isso ocorre porque as espécies urbanas transitam pelos esgotos, e sabe-se que elas são potenciais vetores de doenças para o homem. Porém, o que muita gente não sabe é que apenas 1% do total de espécies desse inseto convive nos ambientes urbanos, onde se tornam pragas. O restante são espécies silvestres.
A barata existe há cerca de 350 milhões de anos. Se pensarmos que o homem assumiu sua posição bipedal há mais de oito ou nove milhões de anos atrás, vemos que a barata é bem anterior à espécie humana no planeta Terra.
As baratas urbanas infestam mais cozinhas e banheiros devido à elevada temperatura e umidade encontradas nessas áreas, principalmente em torno de equipamentos geradores de calor (geladeira, freezer), sob pias e em torno dos encanamentos, sendo que temperatura e umidade elevadas são condições inimigas da maioria dos inseticidas, que sofrem com inativação mais rápida.
Doenças causadas pelas baratas
Capazes de ingerir qualquer tipo de alimento, as baratas são vetores que possuem o potencial para disseminar grande número de bactérias, fungos, helmintos e protozoários patogênicos, causadores de enfermidades como conjuntivites, gastrenterites, infecções urinárias e alimentares, gangrena gasosa, infecção de ferimentos, pneumonias, alergias, verminoses, micoses, amebíase, giardíase, poliomielite, hepatite, entre outras.
Controle de baratas
Apesar dos avanços tecnológicos, o desenvolvimento de inseticidas que sejam permeáveis a ooteca (“bolsa” de ovos da barata) ainda é um desafio. A seleção correta dos inseticidas a serem empregados, suas ações (desalojante, fulminante ou residual), o intervalo entre os tratamentos associados aos demais controles, devem estar sempre à frente da curva de crescimento dessa população, isso é, não permitir o fechamento do ciclo biológico (de ovo a ovo).
Um controle de baratas efetivo deve começar pela forma de pensar do técnico. Se existe uma infestação de baratas em um determinado local, a intensidade desta infestação será proporcional às condições oferecidas pelo local ao inseto. O acúmulo de lixo e sujeira garante uma ampla disponibilidade de alimentos para as baratas. Por isso, a higiene é um fator fundamental para o controle desses insetos. A higienização associada à desinsetização periódica realizada por uma empresa especializada em controle de pragas e vetores são as principais estratégias de controle das baratas.
Moscas
Apesar de existirem cerca de 150 mil espécies, 90% das moscas encontradas em nossas casas fazem parte da espécie musca domestica, a mosca doméstica comum. Trata-se de uma espécie que se desenvolveu a partir da associação com os seres humanos, encontrando aí o seu nicho evolutivo. A mosca doméstica é um dos insetos mais comuns no mundo, tão comum que o seu convívio com humanos muitas vezes é tido como banal e inofensivo, apesar das diversas doenças que o inseto pode transmitir ao homem.
As moscas domésticas ocorrem em todos os continentes do planeta, exceto na Antártica. Vivem cerca de 20 dias, e uma única fêmea coloca em média 120 a 150 ovos por vez, chegando até 900 ovos durante todo seu período de vida. Possuem hábitos diurnos e maior atividade nos horários mais quentes do dia, passando um longo período de repouso durante a noite. Costumam agregar-se em locais com abundância de lixo e matéria orgânica em decomposição, onde retiram suas principais fontes de alimentação. Por esse motivo, as moscas domésticas se disseminam com maior facilidade em localidades com baixos níveis de saneamento, apesar de ocorrerem também em áreas saneadas.
Doenças transmitidas pelas moscas
Entre as doenças mais comuns transmitidas pelas moscas estão a salmonela, tuberculose, febre tifoide, conjuntivite, lepra, cólera, vermes intestinais e disenteria. Algumas dessas doenças são potencialmente fatais, evidenciando a necessidade das moscas serem tratadas como um sério problema de saúde pública.
Controle de moscas
Para o controle das moscas domésticas, é importante adotar frequentemente algumas medidas preventivas. Veja abaixo:
Eliminação dos locais de criação
# Limpeza, higienização e vedação de latas de lixo
# Remoção frequente do lixo
# Higienização e desinfecção dos ralos
# Manter alimentos guardados em recipientes hermeticamente fechados
# Não armazenar lixo a céu aberto
Controles físicos
# Utilização de armadilhas luminosas
# Telamento e vedação de portas e janelas Controle químico
# Deve ser realizado somente por empresas especializadas, após análise particular de cada caso.