A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania, que é propagada por meio da picada de flebotomíneos (gênero Phlebotominae ), popularmente conhecido como “mosquito palha” ou “cangalhinha”. O mosquito-palha é muito pequeno e tem cor palha ou castanho claro. Apresentam um voo curto em forma de saltitos e quando pousam mantém as asas eretas, ou seja, levantadas para cima.
Transmissão:
Existem dois tipos de leishmaniose: a visceral conhecida como calazar e a tegumentar.A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos, podendo atingir vários órgãos internos, principalmente fígado, baço e medula óssea. A leishmaniose é considerada uma “antropozoonose”, ou seja, doença que acomete animais silvestres e eventualmente o homem.
Visceral: febre de longa duração, aumento do fígado e baço, além da perda de peso acentuada.
Tegumentar: úlceras na pele e mucosas.
Pela convivência no ambiente doméstico, os cães são vistos como intermediários importantes da transmissão da leishmaniose visceral para humanos: o mosquito pica um animal contaminado e passa adiante o protozoário causador da doença ao picar outro animal ou uma pessoa.
Os cães, quando infectados, podem ou não desenvolver o quadro clínico da doença, cujos sinais são: emagrecimento, queda anormal dos pelos, aparecimento de ínguas, inchaço nas pernas e sangramento de nariz, surgimento de feridas e descamação da pele. Em humanos, os principais sintomas são: emagrecimento, aumento do baço e do fígado, febre persistente e palidez.
Atenção a Higiene Ambiental
A leishmaniose é endêmica em mais de 100 países no mundo, principalmente nas áreas tropicais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada ano são reportados de 700 mil a um milhão de novos casos, e as mortes giram em torno de 20 a 30 mil por ano. No Brasil são registrados pelo menos 3 mil casos de leishmaniose visceral por ano, com óbitos que giram em torno de 350 (365 óbitos em 2016 – *último dado identificado à nível Brasil).
Diferente do Aedes aegypti, o mosquito palha, transmissor da leishmaniose, não se desenvolve em água limpa e parada, mas em locais onde a umidade e a matéria orgânica prevalecem. Ele vive nas proximidades das residências, preferencialmente em locais úmidos, escuros e com acúmulo de material orgânico, por isso a doença ocorre principalmente em zonas periurbanas. Portanto, se você reside nessas áreas, atenção redobrada! Confira na próxima página as formas de prevenção da doença e faça a sua parte!
Leishmaniose Viceral: Sintomas em humanos e cães
HUMANOS> Emagrecimento; Aumento do baço e do fígado; Febre persistente; Palidez;
CÃES> Crescimento anormal das unhas; Queda anormal de pelos; Aparecimento de ínguas; Inchaço das pernas e sangramento do nariz; Surgimento de feridas e descamação da pele; Emagrecimento progressivo
Matéria desenvolvida pelo nosso Departamento de Engenharia Técnica
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