Apesar de parecer inofensivo, o pombo transmite diversas doenças aos seres humanos. A mais grave delas é a criptococose.
De acordo com o médico infectologista Marcelo Daher esses pássaros transmitem uma doença que pode levar a morte.
A criptococose é transmitida por fungos (Cryptococcus neoformans) encontradas nas fezes secas do animal. De acordo com o infectologista a doença não é comum, e o índice de mortalidade pode ser de 60% a 70% em pacientes com Aids ou outra doença imunodepressiva. “O aumento da população dessas aves nos centros urbanos favorece o aumento da incidência da enfermidade”, diz.
A situação é mais complicada nas praças, pois as pessoas ficam com pena e alimentam as aves. “Os pombos dormem e fazem ninhos nas casas próximas a às praças, aumentando os riscos para quem mora nessas regiões”, observa o médico.
O médico comenta que a doença não é tão comum e se manifesta com maior gravidade em pacientes com aids ou alguma doença imunodepressiva. “O índice de mortalidade para esse tipo de paciente é mais elevado, entre 60% e 70%. Anualmente, morrem de três a seis pessoas com enfermidades ligadas à baixa imunidade todos os anos”, afirma.
Os sintomas da criptococose podem ser confundidos com uma meningite menos aguda, com dor de cabeça, vômito e febre. “A diferença é que o quadro é menos agudo e se arrastam por mais tempo”, explica Marcelo. A doença também pode provocar um quadro pulmonar com tosse e falta de ar, também menos intenso, que vai piorando com o tempo.
Além da criptococose, os fungos das fezes dos pombos também transmitem a histoplasmose. Trata-se de uma micose muito profunda que chega a afetar os órgãos internos da vítima.
Já a salmonelose tem sintomas de uma intoxicação alimentar, principalmente de carne contaminada, causando diarreia e outras dores abdominais.
Os pombos causam também dermatites, cujos sintomas são coceira, infecções e até se transformam em alergias que afetam o sistema respiratório.
Referência: http://g1.globo.com